
Por Jaqueline Bueno
Todas as vezes que a sua emoção vai a mil, eu tento me movimentar tão rapidamente para não ter um colapso que depois o ar tem que passar lentamente por mim e ser distribuído pelo resto do seu corpo.
Todas a vezes que a paixão tomo conta de você, sou eu – o amigo -, forte ou fraco, grande ou pequeno, rápido ou lento, que bombeia o sangue pelas suas partes internas e trabalha em consonância com o seu cérebro.
Nas horas felizes pulo feito sapo na lagoa, feito chocolate em fogo alto, feito eu mesmo, do jeito que vim ao mundo, junto com você.
Nas horas tristes sinto dores, tanto que você reage quase simultaneamente ao meu pedido de socorro. Haja coração! ... para agüentar as tardes de sol, as noites de luar, para se acostumar com o inverno, o verão, a primavera.
Ei! Você pode parar e voltar sua atenção só um pouquinho para mim? Eu acordo e durmo com você. Passeio, te acompanho no banho, no choro, te espero, te aqueço, mas você não tem nenhum tempinho para mim.
Se um dia eu desistir de você, quero só ver. Não vai nem lembrar que um dia existi. Vou fazer um teste: entro de greve por alguns dias, vamos ver se o Senhor(a) vai subir aquela montanha, vai patinar com os amigos,. Vai sentir a música predileta bem lá dentro do seu peito.
Quer saber, farei isso mesmo e nunca mais verá a luz do dia.
Pi...pi...pi...pi....piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii................................................
*Publicado em outubro de 2009.
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