19/04/2010

Assinado, o bom velhinho

Por Jaqueline Bueno


Hummm!!! O Natal está chegando e com ele vem o presente, o brinquedo, as festas e até o amigo secreto. Isto tudo, óbvio, para aqueles que conseguem com esforço o dinheiro para a compra e a realização do esperado 25 de dezembro. O simbolismo da data, as preocupações de todo o ano ficam em segundo plano, assim como o homem com suas renas já quase não passam mais pela chaminé. De qualquer maneira, muitos ainda aguardam a chegada do “velhinho”. Acha que estou brincando quando falo assim, não é? Mas pode acreditar, Papai Noel existe sim.


Quando criança pensava que Papai Noel tinha barba e cabelos branquinhos como a neve, roupa vermelha, botas, trazia um saco cheio de presentes e dizia: HOHOHO! Sem contar a cartinha, com um pedido, colocada ao lado da árvore com bolinhas e estrelas para que ele pudesse vir durante a noite e deixar o esperado presente de Natal, com a ajuda da mamãe, claro. O tempo passou e continuo seguro de sua existência.


Mas será que hoje as crianças pensam no bom velhinho assim como pensei um dia? Vou contar uma coisa: elas acreditam. Porém, algumas têm uma forma especial de esperar por ele. E os pedidos são os mesmos? Agora infelizmente a resposta é não. E quando digo infelizmente, é por comoção de saber que as nossas crianças sonham com um mundo de papais-noéis, e nem precisam estar vestidos com toda sua parafernália, basta ter um saco cheio de presentes: arroz, feijão, assistência médica, lazer, educação e muito carinho.


Nossa cidade está cheia de crianças na expectativa de ter uma mesa farta e uma família reunida. O importante é lembrar que o Natal dessas crianças deveria acontecer todos os dias. De que adianta uma noite de barriga cheia? Como diriam os sábios: “Ensine-os a pescar, não dê os peixes”.


E se você acha que essa história de velhinho de barba branca e saco de presentes é fábula. Use uma só vez a imaginação, como fez quem escreveu essa a tal fábula do Noel e cultive o sonho de uma criança. Centenas delas morrem a cada dia por falta de comida, de higiene e de um abraço. Por isso, termino aqui calçando minhas botas e... AHHRRR! Ufa! Colocando o saco nas costas e partindo para mais um dia dentre os 365 do ano. FELIZ NATAL! HOHOHO!


*Publicado em dezembro de 2009.

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