29/11/2010

Inerente ao ser humano

Dizem que o medo serve para prevenir certas dores, dissabores. Mas o medo nos torna vulneráveis, inertes, vazios, inseguros, temidos. Quando mais se precisa de coragem é que ele aparece.

Pedir demissão do emprego, vender o carro para conseguir pagar o melhor ensino para seu filho ou o plano de saúde, morar sozinho quando se tem tudo ao alcance das mãos, dar o primeiro beijo, pedir em casamento. Cada instante do medo dura muito tempo.

Mas nesse esperar nem sempre nos precavemos de problemas e acabamos carregando muitos deles para o resto de nossas vidas. É o tal do primeiro passo. Por isso, devemos acreditar que o medo é inexorável, mas também é decisivo, revigorante.

Para mim, o medo tem sempre sinônimo de decisão, seja para melhor ou para pior. Apesar de sempre conseguir encontrar o lado bom. Mas ele também significa amor, amizade, projeção, prospecção, conquista. 

É com o receio que enfrentamos os obstáculos, conhecemos nossos limites e deixamos as pessoas mais especiais entrarem em nossa rotina e tornar o corriqueiro algo sublime, diferente e apaixonante.