Por Jaqueline Bueno
Do Havaí ao Alasca. Do Oiapoque ao Chuí. Para que ir tão longe?
Na minha terra quem come caviar ou penne ao molho branco é quem trabalha. Quem dá o latido mais forte é aquele que fez a vigilância noturna. Contas de água, luz e telefone são divididas igualmente segundo os conceitos dela. O primeiro canto não é mais do sabiá, agora é da... da sabiá mesmo.
Nessa não longínqua extensão de terra, bebê chorão trazido pela cegonha já vem com um bilhete: “Destinado aquele que passa as tardes de domingo no sofá, dá tapinhas nas costas de amigos e diz Oba! Ao invés de Olá.
Naquele lugarzinho, cabra-macho não tem vez. Lava louça, lustra móveis, arruma a cama e leva a gurizada para a escola. Nesse mundo o tal Manú lá da Índia ficaria sobre a guarda da mãe, e se casasse seria dado a esposa o papel de guardiã e todos os seus 700 artigos cairiam por terra firme e árida.
Maomé quem o diga. Se o “cabra” cometer adultério, ou melhor, resolver cuidar do bebê chorão da comadre é amarrado ao pau-de-sebo em praça pública e depois só Alá é quem sabe.
Nesta terrinha o famoso Adão não come do fruto proibido e sinônimo de felicidade é somar maridos como se fosse um hobbie. (Isto não é propaganda!) É que lá homem é quem paga indenização e tem seus bens confiscados.
*Comemoração ao Dia Internacional da Mulher em 08/03/09
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