19/04/2010

Aos homens carregados de “ismos”

Por Jaqueline Bueno


Do Havaí ao Alasca. Do Oiapoque ao Chuí. Para que ir tão longe?
Na minha terra quem come caviar ou penne ao molho branco é quem trabalha. Quem dá o latido mais forte é aquele que fez a vigilância noturna. Contas de água, luz e telefone são divididas igualmente segundo os conceitos dela. O primeiro canto não é mais do sabiá, agora é da... da sabiá mesmo.

Nessa não longínqua extensão de terra, bebê chorão trazido pela cegonha já vem com um bilhete: “Destinado aquele que passa as tardes de domingo no sofá, dá tapinhas nas costas de amigos e diz Oba! Ao invés de Olá.

Naquele lugarzinho, cabra-macho não tem vez. Lava louça, lustra móveis, arruma a cama e leva a gurizada para a escola. Nesse mundo o tal Manú lá da Índia ficaria sobre a guarda da mãe, e se casasse seria dado a esposa o papel de guardiã e todos os seus 700 artigos cairiam por terra firme e árida.

Maomé quem o diga. Se o “cabra” cometer adultério, ou melhor, resolver cuidar do bebê chorão da comadre é amarrado ao pau-de-sebo em praça pública e depois só Alá é quem sabe.

Nesta terrinha o famoso Adão não come do fruto proibido e sinônimo de felicidade é somar maridos como se fosse um hobbie. (Isto não é propaganda!) É que lá homem é quem paga indenização e tem seus bens confiscados.

*Comemoração ao Dia Internacional da Mulher em 08/03/09

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